O curioso, inquieto com seus pensamentos, perguntou:
- Sr. Sábio, eu não entendo uma coisa: existem tantas flores no mundo, tantas...que tenho certeza que muitas delas não chegam a ser vistas por ninguém durante toda a vida. Então por que elas nasceram?
- As flores não se importam se serão vistas ou não. - pontuou o sábio.
- Que perda de tempo - esbravejou o curioso. Gastar uma vida para nada!
- Perda de tempo, meu caro curioso, talvez seja olhar para uma situação dessa e não extrair nada de valioso para si.
- Como assim?
- Ora, perceba que uma flor não tem controle sobre a dinâmica da vida. Logo, se será encontrada por alguém é um fator que não depende só dela.
- E o que de valioso existe nisso?
- Mesmo sem saber o que o destino lhe reserva, a flor está em seu estado de prontidão, está sempre preparada para embelezar o dia de alguém.
- E?
- Ela não precisa ser reconhecida para dizer que viveu. Ela simplesmente vive no seu propósito. Assim deveria ser a vida de um humano: autêntico na essência, pronto e ativo no cumprimento de sua missão.
Quem se prende ao reconhecimento, desvirtua seu verdadeiro caminho.
O reconhecimento deve ser consequência que impulsiona e não necessidade que aprisiona.
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Esta foi encontrada e fez toda a diferença neste dia. |