segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Diálogo Interno - o curioso e o sábio

  Dia desses resolvi ficar em silêncio para perceber o que se passava dentro de mim. Por sorte, escutei claramente o diálogo entre um curioso e um sábio.

  O curioso, inquieto com seus pensamentos, perguntou:

 - Sr. Sábio, eu não entendo uma coisa: existem tantas flores no mundo, tantas...que tenho certeza que muitas delas não chegam a ser vistas por ninguém durante toda a vida. Então por que elas nasceram?

  - As flores não se importam se serão vistas ou não. - pontuou o sábio.

  - Que perda de tempo - esbravejou o curioso. Gastar uma vida para nada!

  - Perda de tempo, meu caro curioso, talvez seja olhar para uma situação dessa e não extrair nada de valioso para si.

  - Como assim?

  - Ora, perceba que uma flor não tem controle sobre a dinâmica da vida. Logo, se será encontrada por alguém é um fator que não depende só dela.

  - E o que de valioso existe nisso?

  - Mesmo sem saber o que o destino lhe reserva, a flor está em seu estado de prontidão, está sempre preparada para embelezar o dia de alguém.

  - E?

  - Ela não precisa ser reconhecida para dizer que viveu. Ela simplesmente vive no seu propósito. Assim deveria ser a vida de um humano: autêntico na essência, pronto e ativo no cumprimento de sua missão.
  Quem se prende ao reconhecimento, desvirtua seu verdadeiro caminho. 
  O reconhecimento deve ser consequência que impulsiona e não necessidade que aprisiona. 

Esta foi encontrada e fez toda a diferença neste dia. 

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