sábado, 25 de julho de 2009

Obrigado!


Boa tarde.

Se você está lendo este post é porque consegue ter acesso a internet, seja com computador em casa (sua ou de amigo) ou em uma lan house. O que interessa aqui é: este simples ato de conectar-se a uma rede global coloca você em melhor posição do que bilhões de pessoas. Eu sei que isso não é segredo, é que às vezes simplesmente sabemos das coisas e nada muda em nossas vidas.

Eu também sei que todo dia milhares de pessoas (entre jovens e idosos) passam 18 horas na frente de um semáforo tentando vender sufflair, “baconzitos de marca estranha”, cabos de energia para carro, flores, paçoquinha, água, refrigerante, suco, alho e alguns até pêras (muito bonitas por sinal). Além disso, existem aquelas pessoas que também ficam perto do farol, vendendo outra coisa (exato!). Enquanto estou escrevendo este texto, tem ‘‘moleque’’ de 12 anos pedindo cigarro para os de 11, crianças morando em toldos embaixo de viadutos ou em canteiros com de chão de terra (e quando chove?). Fico tentando imaginar qual seria o passatempo desses pequenos. Dos meus eu lembro: videogame, álbum de figurinhas, futebol, pião, yo yo, desenhos animados e por ai vai. Ah!Lembrei de um passatempo deles: pegar carona na traseira dos ônibus de São Paulo. Sempre vejo eles fazendo isso! Pelo que percebi, divertem-se bastante.

Triste.

Ao me mudar para capital paulista, a cerca de 2 meses, percebi o quanto fui abençoado por ter em minha vida pessoas com condições de me oferecer um caminho muito mais digno. Percebi que os obstáculos que aparecem na minha frente não chegam nem perto, e nem tenho o direito de reclamar, comparados aos que essas pessoas enfrentam. São guerreiros sem meta, sem direção, sem companheiros, alienados e perdidos no meio de prédios luxuosos.

Enquanto eles passam por tudo isso, estamos esperando o papai depositar o dinheiro na ‘’nossa’’ conta. E ai dele se atrasar!

Nosso mundo é esse, o criamos assim. Os que estão no poder (incluo a mídia nisso) são corruptos. Nós: corrompidos. Sinceramente, não sei qual o pior.

Ficamos estagnados, esperando as coisas darem certo naturalmente. Se não derem, estamos protegidos, prontos para outra. O absurdo é passageiro, a memória é ignorante, nossos olhos só enxergam uma direção: em frente. Não aprendemos com o passado, não olhamos para o lado. Deixamos de viver e não percebemos. Sonhos são apenas sonhos. Hoje, imaginamos. Hoje, não agimos!

Vá caminhar um dia pela rua, somente para observar as pessoas, tente entender o ambiente de cada uma. Sem julgamento por favor.

Observe, reflita, mude, faça o bem e agradeça sempre. Tivemos oportunidades, em algum momento teremos que repassá-las.

Quando quiser.

Foto: Amigos do Bona x Amigos do Gusta – dia 19/07/09 em Poços de Caldas.
Jogo Beneficente para arrecadar roupas de frio. Obrigado a todos que participaram; mais de 100 peças foram doadas.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Prazer, Gustavo!


Porém, não sei ao certo quem sou. Gustavo é apenas o meu nome. Estou em fase de tentar entender minha personalidade e o motivo de eu ter recebido a vida aqui na Terra. Para mim, não tem sentido estarmos ‘’aqui’’ somente por estar.

Por isso, vou procurar através da escrita, apresentar meus sentimentos, percepções, anseios, medos e aprendizados, que envolvem uma nova fase de minha vida.

Vamos lá que está tarde! 1h12min

A base de tudo: saber quem é você. Parece simples, mas jamais será. Temos dificuldade em nos definir.

Exemplo: eu percebo que a maioria das pessoas se caracteriza com uma frase (letras de músicas), geralmente de escritor/compositor famoso. Lindo! Acredito piamente que palavras bem ordenadas podem tocar o íntimo do ser humano. Mas será que comprova que aquela pessoa vive aquilo? Será que a frase reflete quem realmente é aquele indivíduo? Ou apenas alimenta uma vontade? A qual ganha força e se torna ativa em um curto período de tempo.

Além disso, sempre tentamos nos definir utilizando como princípio, coisas ou fatos concretos. Sou o Gustavo, estudante de Administração, gosto de ir ao cinema e escutar música, sair com os amigos e beber caipirinha. Isso tudo é verdade. Mas, em algum momento eu consegui passar minha essência? Falar sobre o que eu acredito? Quais são meus sonhos? Talvez sim, precariamente. Quem é o Gustavo? “Ele faz administração em Campinas, tá morando em São Paulo agora, vive com os amigos nos barzinhos’’.

Limitamos-nos a isso. ‘’Quem somos’’ envolve lugares, papéis (estudante no meu caso) e passatempos. As pessoas perderam (não sabem encontrar) sua essência. A essência é abstrata, e daí a dificuldade. A essência envolve valores, atitudes, emoções. E, em um mundo onde o tempo é obstáculo - e não solução- e o sucesso é medido através dos bens materiais – e não por auto-realização, perdemos toda nossa sensibilidade.

Sucumbimos-nos a um mundo sem contato visual, sentimento, calor humano. Um mundo virtual. Onde nossas frustrações internas são acobertadas pelas fotos sorridentes no Orkut ou Msn. Um mundo onde as conversas entre amigos são escritas, e não faladas. Nossas risadas se transformaram nisso: “HAshaushuashuashuashuahsu”.

Nosso poder de reflexão evaporou, nosso senso crítico é moldado por conteúdos impostos em massa a todo o momento. Aprendemos como fazer e não o porquê fazer. Entendemos os números, os processos, as ferramentas, mas não entendemos o próximo. Não ligamos uns para os outros. Apenas tentamos garantir o nosso ouro. Afinal, não dá tempo de fazer nada!

Mas acredite, há tempo para se conhecer e conhecer realmente quem é cada um.

Estou em busca disso. Mas no momento, só posso garantir: Prazer, Gustavo!

Reflita sempre!

Beijos e abraços.